sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Raimundo Lira defende reforma política com referendo popular

senador Raimundo Lira (PMDB-PB)
O senador Raimundo Lira (PMDB-PB) defendeu que o Congresso faça uma reforma política e que a população seja ouvida em um referendo sobre o que for aprovado. Para o senador, não faltaram iniciativas sobre o tema. Ao longo do tempo, vários projetos foram aprovados e comissões foram formadas, mas falta um arranjo político que garanta o mínimo de votos para a aprovação.
— O momento é este, a hora é agora, a responsabilidade é nossa. Aprovada a reforma política, atendendo às aspirações do povo brasileiro, o Congresso Nacional deve pedir o aval e o comprometimento do nosso povo
através de um referendo. Aí haverá, sim, coesão da classe política com o povo brasileiro e estaremos em um caminho mais sólido para fortalecer a jovem democracia brasileira — disse ele em pronunciamento no Plenário nesta quinta-feira (12).
Uma das mudanças propostas pelo senador é uma cláusula de barreira que impeça a influência de partidos políticos sem expressão no processo político do país. Dessa forma, estariam impedidas de ter assento no Parlamento as agremiações partidárias que não alcançassem um percentual mínimo de votos. Para Raimundo Lira, ter 28 partidos representados no Congresso nacional, como ocorre atualmente, é inaceitável.
O senador também se manifestou contra a reeleição para prefeito, governador e presidente. Na sua opinião, se a reeleição continuar a valer no Brasil, é preciso haver previsão legal para que o governante renuncie ao mandato seis meses antes do pleito para se candidatar novamente. Ele defende ainda mandatos de cinco anos para o Executivo.
Propõe ainda o fim das coligações nas eleições proporcionais, como as de vereador e deputado. E sugere que a cadeira de senador que venha a se afastar do mandato seja ocupada pelos candidatos não eleitos que receberem mais votos. Ou seja: na eleição com apenas uma vaga para senador, o segundo e o terceiro colocados seriam os suplentes e, na eleição em que se renovam dois dos senadores de cada estado, o terceiro e o quarto colocados seriam os suplentes e poderiam assumir a vaga de qualquer dos dois eleitos em caso de afastamento. Atualmente, cada senador já se candidata com dois suplentes.

Fonte: Agência Senado