O candidato do PSDB à Presidência da República,
Aécio Neves, defendeu ontem (25) a redução da maioridade penal para crimes
hediondos, ao visitar a comunidade de Vigário Geral, na zona norte do Rio de
Janeiro, onde assistiu a apresentações de dança e música na sede da ONG Afro
Reggae e conversou com moradores...
Segundo Aécio Neves, a redução da maioridade penal
para crimes hediondos “pode sinalizar um caminho para a diminuição da
impunidade. Estamos falando de casos gravíssimos, crimes hediondos significam
1% do total de jovens que cometem algum delito. Mas essa não é a solução, é uma
questão paliativa. A solução é a educação, é a oportunidade, é fazer o Brasil
crescer”.
Entre as propostas do candidato estão iniciativas
de reinserção de egressos do sistema penitenciário e oportunidades de trabalho
e renda para os jovens. Ele citou projeto de Minas Gerais que pretende levar
para todo o país, caso seja eleito, que oferece uma poupança para jovens do
ensino médio, a qual pode ser resgatada, ao final do terceiro ano, se o jovem
tiver uma frequência mínima na escola, participar de oficinas de capacitação e
não cometer nenhum crime.
Fonte: Diário do Poder - 26/07/2014
Na saída do restaurante popular onde almoçou, Aécio
comentou o pacote divulgado pelo Banco Central, que visa a incentivar os bancos
a transformarem em crédito ao consumidor valores retidos como depósitos
compulsórios. Ele classificou a medida como “um improviso”. “Como não houve
planejamento e o Brasil não conseguiu manter um mínimo de credibilidade para
que os investimentos retornassem, essas medidas paliativas e emergenciais podem
ter um custo alto lá na frente”.
“O Brasil é hoje um país com enorme desconfiança
dos investidores internos e externos pelo excessivo intervencionismo do Estado
em setores fundamentais da economia, como o setor energético e o de petróleo.
Temos que estabelecer regras claras”, disse, acrescentando que “é preciso
adotar um novo modelo, baseado na meritocracia, no Estado enxuto e eficiente”.
Aécio Neves comentou também os ataques de Israel à
Faixa de Gaza e as declarações do governo israelense, que classificou o Brasil
de “anão diplomático” e “parceiro irrelevante”. “O Brasil, ao longo desses
últimos anos, vem tendo uma política externa com viés claramente ideológico.
Esta questão específica do conflito na Faixa de Gaza, eu compreendo que haja,
sim, uso excessivo da força. Mas nós temos que primar nossa posição pelo
equilíbrio. Nós teremos uma política externa que não será ideologizada, será
pragmática. Nós temos que reinserir as empresas brasileiras nas cadeias globais
das quais elas saíram”.(Vitor Abdala e Vladimir Platonow/ABr)