O Ministério da Saúde alega que os profissionais formados no Brasil não
querem trabalhar em regiões mais pobres. Os médicos brasileiros, por sua vez,
criticam a decisão de os estrangeiros poderem clinicar sem fazer o Revalida
O ministro da Saúde, Alexandre
Padilha, deve ir à Câmara na quarta-feira (12/6) para falar sobre a
possibilidade de o governo federal trazer médicos de outros países para
trabalhar no interior do Brasil. A audiência será realizada por quatro
comissões: a de Seguridade Social e Família; de Constituição e Justiça e de
Cidadania; de Educação; e de Relações Exteriores e de Defesa Nacional.
O
governo estuda facilitar a entrada de médicos estrangeiros concedendo três anos
para eles conseguirem a aprovação no Revalida, uma prova de conhecimentos
gerais de medicina que avalia a qualidade do profissional que vem de outro país.
A proposta provocou protestos de médicos em vários estados. Eles alegam que, sem a avaliação, os médicos estrangeiros estariam atuando sem a supervisão do
Conselho Federal de
Medicina, já que o CRM só é concedido após a aprovação no Revalida. Já o
ministério alega que os profissionais formados no Brasil deixam grandes lacunas
no interior e em regiões mais pobres, onde há carência de infraestrutura e de
bons salários.A proposta provocou protestos de médicos em vários estados. Eles alegam que, sem a avaliação, os médicos estrangeiros estariam atuando sem a supervisão do
Em audiência pública realizada no mês passado, na Câmara, todos os participantes defenderam que os médicos estrangeiros devem continuar sendo, obrigatoriamente, submetidos ao Revalida antes de atuar no País.
Fonte: Correio Braziliense