![]() |
Foto: Agecom |
Postos
de saúde e hospitais da rede pública de saúde do Distrito Federal estão em um
caos que parece não ter mais fim. Enquanto muitos aguardam esperançosos por uma
vaga na rede pública de saúde do Distrito Federal, o governo tenta mostrar que
a situação não é bem assim. Em entrevista ao Guardião Notícias, alguns
pacientes foram entrevistados no posto de saúde localizado na quadra 512,
Samambaia Sul, Clínica da família e Hospital de Samambaia, declaram uma
situação comum, muitos conhecem de perto a situação- o descaso.
Alguns pacientes disseram que muitas vezes precisam esperar até 4 meses para realizar consulta ou exame, após a marcação da mesma. Muitos disseram inclusive, que são orientados a procurar hospitais e clínicas particulares, caso queiram atendimento
A doméstica Clarisse Cordeiro, moradora de Samambaia, relatou que tentou marcar consulta em dezembro de 2012 no posto localizado na quadra 512, em Samambaia Sul, porém só tinha vaga para clínica médica 4 meses depois. “Achei um absurdo, quando a moça disse a data eu nem acreditei, então quer dizer que tenho que pagar plano de saúde, sem condições financeiras, é isso?” disse indignada com a situação.
Para Francisca Lopes, que precisa realizar exames de mama a cada 6 meses, a situação é ainda mais complicada. “Já fui a vários hospitais, quando cheguei no Hospital de Samambaia disseram que preciso primeiro marcar consulta no posto, mas quando chego ao posto, não tem vaga, e fica nessa, acabo muitas vezes pedindo dinheiro para os filhos e fazendo consulta particular.”
Luciana Andrade Ramalho, 32 anos, moradora de Ceilândia, precisa realizar procedimentos ginecológicos semestrais, pois tenta engravidar a 2 anos, porém sem o resultado em mãos, ela não consegue dar continuidade ao acompanhamento médico. Em mais uma tentativa no hospital de Base, foi orientada a buscar o posto de saúde ou aguardar a Carreta da Mulher, “Tem hora que penso em desistir de tudo, é muito difícil pensar que meu filho depende de uma gestão, gestão essa que não funciona” disse.
O Distrito Federal está com uma situação pior ainda, não possui o reagente do exame de toxoplasmose, está em falta na rede de saúde. De acordo com uma enfermeira que trabalha no Hospital de Base, o reagente está em falta e sem previsão de chegada. O valor de cada exame de toxoplasmose na rede particular pode chegar a R$ 300.
Explicações - De acordo com a Secretaria de Saúde, reagentes para os exames de doença de Chagas e espermocultura não estão em falta. O GDF informou que chegou a implantar exames para diagnosticar HTLV 1 e HTLV 2 na rede pública, mas a demanda não foi suficiente para manter o atendimento. A secretaria orientou que pacientes devem procurar a Gerência de Apoio e Diagnóstico (Gead), no período da manhã, para marcação dos exames.
Por Crislene Santos
Fonte: Guardin Noticias