Dois grileiros foram
flagrados por uma equipe de fiscalização composta por agentes da Secretaria de
Ordem Pública e Social (Seops) e por policiais da Delegacia Especializada do
Meio Ambiente (Dema), tentando vender lotes em área pública do Setor Habitacional
Sol Nascente, em Ceilândia. A dupla se passava por corretores de imóveis e iria
faturar até R$ 6,2 milhões caso as vendas fossem efetivadas.
Os suspeitos não tinham registro no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) - documento indispensável para exercer a profissão. Foram encontrados com
Na área alvo da ação dos grileiros, seria construído um novo empreendimento irregular: o Condomínio Novo Horizonte 2. De acordo com os documentos apreendidos, eles planejavam vender um total de 1,2 mil lotes. No momento da abordagem eles anunciavam a primeira etapa, composta por 270 lotes, todos com medidas em torno dos
Os preços variavam e o pagamento era facilitado, mas com juros. Para os 218 residenciais era cobrado R$ 15 mil à vista ou R$ 20 mil a prazo, com entrada de R$ 10 mil e 20 parcelas de R$ 500. Os 52 lotes comerciais do empreendimento seriam vendidos por R$ 30 mil à vista, ou R$ 35 mil a prazo, com entrada de R$ 20 mil e 30 parcelas de R$ 500. Pelo menos 22 teriam sido vendidos.
“São pessoas de má índole que se aproveitam de pessoas humildes com a falsa promessa de casa própria em lotes irregulares. Mas a área é pública. Com a prisão dos grileiros esperamos frear parte da expansão do Sol Nascente”, diz o porta-voz da Seops, major Carlos Chagas de Alencar.
No local há, atualmente, nove casas construídas. Todas notificadas pela Agência de Fiscalização sobre a irregularidade e com determinação de que o responsável pela obra faça a remoção por conta própria, sob pena de multa caso seja necessária ação do Estado. Agentes da Seops vão monitorar a área diariamente para impedir o surgimento de novas construções.
“Infelizmente, quem investiu no que está irregular ficará no prejuízo. O caminho correto para a casa própria é o programa habitacional Morar Bem e o GDF não vai permitir novas invasões”, diz Alencar.
Combate à grilagem 2013
Com as duas prisões deste sábado, chegou a nove o número de pessoas flagradas pela Seops e pela Dema enquanto vendiam terrenos em área pública, em 2013. Os outros casos ocorreram em janeiro. Cinco foram presos durante abordagem em Santa Maria e outros dois em Taguatinga. Relatório estatístico divulgado na sexta-feira (1º) aponta que 31 foram detidos em 2012 pelo mesmo crime. O planejamento da Secretaria para este ano inclui intensificar as ações de combate grilagem no DF que resultem na prisão dos envolvidos com a venda ilegal de terrenos públicos.
Operação remove construções no Pôr do Sol
Outra operação de fiscalização, desta vez composta por órgãos do Comitê de Combate ao Uso Irregular do Solo, removeu construções irregulares no Setor Habitacional Pôr do Sol, também em Ceilândia. O primeiro local fiscalizado foi a Chácara 79, onde foram retirados uma base para a construção de uma casa e
Participaram da operação 24 servidores, coordenados pelo diretor de Operações da Seops, Paulo da Silva, e pelo auditor fiscal da Agefis, Renan Neves. Entre os órgãos, estiveram presentes, ainda, a Polícia Militar, a Terracap e a Administração Regional de Ceilândia.
Fonte:
Clica Brasília - 03/02/2013