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O início do trabalho legislativo começa suas atividades na próxima
semana com fortes especulações de que o Palácio do Buriti encomendou a um
advogado próximo e a um secretário suspeito de ligações com o contraventor
Cachoeira do Carlinhos, um dossiê contra a deputada Eliana Pedrosa e seus
parentes.
Segundo comentários, os arapongas responsáveis pelo
dossiê da
deputada tinham seu QG num escritório do CONIC, e ainda, utilizaram o temido
sistema de interceptação conhecido como Guardião.
Caso seja de fato comprovada a existência do tal dossiê, não será
surpresa que haja uma verdadeira batalha no território político do DF, que pode
culminar com o pedido de impeachment do governador.
Memória -
Arapongagem não é um assunto novo no DF. Um dos fatos fresco na
memória dos brasilienses é o caso das escutas ilegais envolvendo integrantes do
Executivo local e até federal para bisbilhotar a rotina de quem se declarava
opositor ao governo petista, operacionalizado por Idalberto Matias, o Dadá.
Por causa disso, na Câmara Legislativa, a oposição tentou
viabilizar uma CPI para investigar se realmente existiam interceptações
ilegais. Comandada pelas distritais Celina Leão e a própria Eliana Pedrosa, a
tentativa foi frustrada, por que os parlamentares da base de Agnelo esvaziaram
a sessão que daria início às apurações. O deputado Chico Vigilante (PT) chegou
a dizer que uma CPI era desnecessária e não havia escutas ilegais no governo
petista.
Com esses indícios de arapongagem, confirma-se a necessidade de
investigação detalhada sobre escutas ilegais contra uma deputada distrital, uma
das poucas a sobreviver na oposição.
Por João Zisman
Fonte: Guardian Noticias