segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Dossiê pode esquentar os trabalhos na CLDF

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O início do trabalho legislativo começa suas atividades na próxima semana com fortes especulações de que o Palácio do Buriti encomendou a um advogado próximo e a um secretário suspeito de ligações com o contraventor Cachoeira do Carlinhos, um dossiê contra a deputada Eliana Pedrosa e seus parentes. 

Segundo comentários, os arapongas responsáveis pelo
dossiê da deputada tinham seu QG num escritório do CONIC, e ainda, utilizaram o temido sistema de interceptação conhecido como Guardião.  

Caso seja de fato comprovada a existência do tal dossiê, não será surpresa que haja uma verdadeira batalha no território político do DF, que pode culminar com o pedido de impeachment do governador.

Memória - Arapongagem  não é um assunto novo no DF. Um dos fatos fresco na memória dos brasilienses é o caso das escutas ilegais envolvendo integrantes do Executivo local e até federal para bisbilhotar a rotina de quem se declarava opositor ao governo petista, operacionalizado por Idalberto Matias, o Dadá. 

Por causa disso, na Câmara Legislativa, a oposição tentou viabilizar uma CPI para investigar se realmente existiam interceptações ilegais. Comandada pelas distritais Celina Leão e a própria Eliana Pedrosa, a tentativa foi frustrada, por que os parlamentares da base de Agnelo esvaziaram a sessão que daria início às apurações. O deputado Chico Vigilante (PT) chegou a dizer que uma CPI era desnecessária e não havia escutas ilegais no governo petista.

Com esses indícios de arapongagem, confirma-se a necessidade de investigação detalhada sobre escutas ilegais contra uma deputada distrital, uma das poucas a sobreviver na oposição.

Por João Zisman


Fonte: Guardian Noticias