No
olho do redemoinho, o governador Agnelo Queiroz vem recebendo inúmeras críticas
pelo modo como vem conduzindo o GDF. Praticamente abandonado pelo seu vice,
Tadeu Filippelli (PMDB/DF), o governador recebe solitário, toda a carga
negativa desde quando sentou na cadeira do Buriti. Passados dois anos do início
do
“Novo Caminho”, uma coisa ficou comprovada, o governador não gosta de
serviço, passando até agora, quase metade do mandato em viagens, a maior parte
em caráter privado, e o segundo, o vice, tenta manter-se afastado das
confusões, articulando novos caminhos para 2014.O que isso quer dizer? Que o vice Tadeu Filippelli governou por quase metade do período em que o “Novo Caminho” assumiu o GDF. Filippelli, mesmo sendo mais afeito ao trabalho, não conseguiu desenvolver nem mesmo as obras que o antecessor Arruda deixou para ser finalizada, afinal, neste tempo, ele e Agnelo dividiram o comando, sem que o DF andasse para frente.
O caso realmente é de calamidade pública no Distrito Federal,
principalmente na saúde. O DF tem um governador ausente, um vice que se esconde
dos problemas, e tais atitudes, ferem a Constituição, onde diz que o direito à
saúde é assegurado pelo estado. Nos noticiários diários, é sempre a mesma
pauta, hospitais sem médicos e pessoas sem atendimento humanizado. O governador
insiste em fechar os olhos. Até quando? Só Agnelo, Filippelli e Rafael Barbosa
saberiam responder.
No redemoinho da calamidade, Tadeu Filippelli tenta desvincular a
sua imagem da gestão petista, tudo isso pensando em 2014. No meio político, é
sabido que o vice tem a intenção de ser candidato ao Buriti, e um dos seus
sonhos e reunir correntes insatisfeitas com a gestão Agnelo, inclusive o
Filippelli tem a intenção de “seduzir” toda a oposição, em uma clara tentativa
de rebelião contra o PT e Agnelo. Uma aproximação com o clã Roriz, que, não tem
mais o veterano político como líder, também é um dos sonhos de Tadeu Filippelli.
Na cabeça de Filippelli, o que parece hoje, pode não ser a mesma
coisa amanhã. A união da oposição centro-direita, com a possibilidade de
concorrer ao GDF, o faz deixar que Agnelo leve toda a culpa pelo fracasso do
“Novo Caminho”, mas tanto o governador quanto o vice são os principais
responsáveis pelo caos instalado no Distrito Federal.
Por Ricardo Faria e Odir Ribeiro
Fonte: Guardian Noticias