De olho em 2014,
presidente Dilma dá início a série de viagens pela região. Sua missão:
recuperar força do PT nos estados nordestinos, cruciais para reeleição
A
presidente Dilma Rousseff (Ueslei Marcelino/Reuters)
A
presidente Dilma Rousseff desembarca nesta sexta-feira no Piauí diante da
constatação do PT de que a recuperação do prestígio político da sigla no
Nordeste, região sob forte influência do governador e presidenciável Eduardo
Campos (PSB), é crucial para o projeto de reeleição em 2014. Até o início de
março, Dilma deve visitar ao menos seis estados da região.
Segundo
reportagem desta sexta-feira do jornal O Estado de S. Paulo, a avaliação dos petistas é que o
partido precisa melhorar a articulação política com governadores e prefeitos na
região, principalmente após o resultado das eleições de
2012, da qual o PSB
saiu fortalecido. Além disso, o Planalto precisa driblar o desgaste político
provocado pela paralisação nos canteiros de obras do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) na região.
O giro de Dilma pelo Nordeste
inclui ainda Pernambuco, Ceará, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. A
região também está na mira do ex-presidente Lula. O Nordeste tem sido
tradicionalmente um reduto eleitoral do PT. Nas últimas três eleições
presidenciais (2002, 2006 e 2010), deu ampla margem de vitória para os candidatos
do partido - Lula e Dilma. Em 2010,
a petista teve 10,7 milhões de votos a mais na região
que José Serra (PSDB).
A direção do PT acredita que
poderia ter se saído melhor na disputa pelas prefeituras do Nordeste na eleição
do ano passado - avalia também ter patinado em algumas costuras políticas. Além
do prestígio de Campos e do PSB na região, o PT teme efeitos da retomada de
poder da oposição de redutos emblemáticos, como a volta do DEM a Salvador, com
Antonio Carlos Magalhães Neto.
Em 2008, 24% das prefeituras
obtidas pelo PT estavam no Nordeste. Em 2012, o porcentual subiu para 30%, mas
o partido perdeu espaço político nas capitais. A direção do PT avalia que é
preciso começar agora a preparar o terreno para 2014, quando poderá se dar um
embate entre Dilma e Campos, um dos governadores mais bem avaliados do País.
Não por acaso o PT marcou a reunião do Diretório Nacional, em março, em
Fortaleza.
(Com Estadão Conteúdo)
Fonte: Veja
