sábado, 19 de janeiro de 2013

Missão dada é sempre missão cumprida

Patrício 

O ano que terminou trouxe para mim um simbolismo e consolidou algumas missões importantes em minha carreira política. Missões com um significado especial uma década depois de ter escolhido a atividade parlamentar como profissão. Mas foi há 26 anos, em 1986, na luta em prol de melhores condições de trabalho para a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, que percebi a possibilidade real de um esforço bem-sucedido pelo coletivo. ...

Liderar a primeira greve da história das duas corporações do DF, em 2000, o que resultou na minha expulsão, com outros colegas, e na minha prisão por 131 dias, me fez perceber que é possível, sim, lutar por nossos ideais e concretizar ações que
contribuem sobremaneira para transformar a nossa vida e a dos que estão ao nosso redor. Esse movimento teve como resultados positivos o reconhecimento da sociedade às nossas corporações e benefícios diretos para milhares de militares e suas famílias, que seguem presentes até hoje.

Em 2010, a anistia concedida pelo governo federal a mais de 8 mil policiais e bombeiros militares na mesma situação que eu foi a prova de que o nosso movimento era legítimo e responsável. Mas era preciso fazer mais, por mais corporações, por mais pessoas, por um DF cada vez melhor, mais protegido e justo. E essa passou a ser a minha meta ao ingressar, pela vontade popular, na Câmara Legislativa, em 2006.

Um filme de tudo o que eu havia vivido até ali se passou em minha mente. Minha família de origem humilde, meu pai, minha mãe, meus irmãos, toda a luta até aquele momento e tudo o que ainda estaria por vir. Natural do Gama e um dos poucos parlamentares nascidos no DF, tinha a oportunidade de ajudar diretamente a mudar o rumo da nossa capital com atitudes concretas que privilegiassem a qualidade de vida de todos nós.

Tracei novas metas para a missão que se iniciava. E segui perseguindo os meus objetivos. O principal deles, sem dúvidas, foi a condução do Poder Legislativo na retomada da estabilidade política do DF. Com um comando firme e transparente, num processo isento de apuração de denúncias decorrentes da Operação Caixa de Pandora, seguimos, com rigor, os ritos determinados pelo Regimento Interno da Câmara Legislativa e pela Lei Orgânica do DF. Devolvemos aos brasilienses a normalidade político-administrativa da cidade e asseguramos que a capital não perdesse a autonomia conquistada arduamente há 20 anos por importantes movimentos políticos e populares.

No meu segundo mandato, outra missão havia sido a mim confiada por milhares de brasilienses. Novamente no comando da Casa, era preciso tomar medidas urgentes para resgatar um poder maculado por ferrenhas críticas e por uma imagem de escândalos, descaso com a coisa pública e com a população.

Foi preciso atuar como bom gestor, administrando a casa de leis com firmeza, eficácia e eficiência e fazendo com que ela produzisse ainda mais resultados positivos na forma de leis e regramentos para todo o DF. E neste espaço permito-me comemorar com todos os brasilienses o trabalho árduo que se concretizou em várias metas cumpridas. Como o recorde na redução de gastos em 21 anos de existência da Câmara Legislativa. Ou o fim de marcas negativas que permeavam a nossa Casa, como o 14º e 15º salários, nosso bom exemplo para todo o Brasil.

Além de comemorar, essa reflexão serve principalmente para me fazer seguir com obstinação este novo tempo de transparência, austeridade e esperança que sintetiza o compromisso para o qual fui eleito pela população do DF. Um novo tempo no qual a confiança do brasiliense na instituição política segue renovada. Um novo tempo, com novas missões, construindo um Distrito Federal melhor a cada dia para perpetuar as nossas gerações.

Por Sidney da Silva Patrício
Fonte: Correio Braziliense - 19/01/2013