sexta-feira, 22 de abril de 2022

Procuradora da República: “STF não pode cancelar este indulto”

Graça concedida por Bolsonaro a Daniel Silveira já é alvo de resistência

Thaméa Danelon, procuradora da República no estado de São Paulo
Foto: Agência Brasil/Rovena Rosa



Nesta quinta-feira (21), a procuradora da República Thaméa Danelon explicou, por meio de vídeo em seu perfil no Instagram, sobre o indulto concedido pelo presidente Jair Bolsonaro ao deputado Daniel Silveira.

A graça concedida por Bolsonaro já está sofrendo uma série de resistências. No entanto, a procuradora salienta que a mesma não poderia ser cancelada pelo STF. De acordo com ela, tal atitude do Supremo, enquanto Judiciário, seria uma “invasão no poder Executivo”.

– Eu entendo que o Supremo não poderia cancelar esse indulto individual concedido pelo presidente. Por quê? É uma prerrogativa do presidente da República. Se o STF vier a cancelar essa graça, será uma invasão no poder Executivo. Está escrito na Constituição que cabe ao presidente conceder a graça e o indulto. É um juízo discricionário do presidente. Se tudo o que o presidente fizer for questionado no Judiciário, não estaria sendo obedecido o princípio da tripartição dos poderes. Os três poderes que são independentes e harmônicos entre si: o Judiciário, o Legislativo e o Executivo – esclareceu.

Poucas horas antes do anúncio de Bolsonaro de conceder graça a Silveira, a procuradora da República e ex-coordenadora da Lava Jato listou em seu Twitter uma série de argumentos contra a decisão do STF. Ela defendeu que Daniel Silveira não poderia ser preso, processado ou condenado por crimes cometidos pela palavra. A defesa se baseia no princípio da imunidade parlamentar.


Fonte: Pleno News