Em Ufá, na Rússia, Dilma Rousseff afirmou: “Quem é golpista mostra na prática as suas tentativas”.
Na escala técnica que
fez na cidade do Porto, em Portugal, antes de seguir para a Rússia, Dilma
mostrou na prática a sua tentativa, tendo um encontro reservado com o
presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, fora da agenda
oficial.
Segundo o blog do Camarotti, políticos da base aliada foram
informados de que a conversa foi ampla e que incluiu entre os temas a Operação
Lava Jato, que investiga a roubalheira na Petrobras.
Mas o ministro da
Justiça (do Foro de São Paulo) e especialista em reuniões secretas, José Eduardo
Cardozo, negou que a Lava Jato tenha sido tema da conversa e alegou que se
tratou apenas de “um encontro casual” solicitado por Lewandowski, que
estava na cidade de Coimbra com ele e outros ministros do STF para participar
de um evento jurídico.
“Estávamos em Coimbra e, como iriámos para um almoço no
Porto, marquei essa conversa”, disse Cardozo, que também participou. “O assunto do
encontro foi o reajuste do Judiciário. Ele levou números para a presidente
Dilma”.
Aham.
Ricardo Noblat desmente
o ministro:
“Dilma, Lewandowski e
Cardozo discutiram, sim, a Operação Lava Jato. O empresário Ricardo Pessoa,
dono da empreiteira UTC, confessou ter dado dinheiro sujo para a campanha de
Dilma à reeleição. Dilma nega, mas está preocupada com o que possa acontecer se
isso acabar provado.
Da Operação Lava Jato,
os três passaram a avaliar as chances de um pedido de impeachment de Dilma. Por
falhas, o Tribunal de Contas da União poderá rejeitar as contas do governo de
2014. E o Tribunal Superior Eleitoral
concluir que houve abuso de poder
econômico na campanha de Dilma.
Os jornalistas
brasileiros destacados para cobrir a viagem de Dilma à Rússia não foram
informados sobre o encontro dela no Porto com Lewandowski. Muito menos os que
ficaram aqui.” E os dois “apostaram que ninguém ficaria sabendo do encontro”.
Repito: o maior programa
do governo do PT é o Transparência Zero.
O encontro às escondidas
de dois chefes de poderes no exterior para examinar a delicada situação
política de um deles é o enésimo exemplo disso.
Pior: Lewandowski foi
indicado ao STF por Lula, é amigo da família do ex-presidente, próximo aos
petistas e fez de tudo para salvar os mensaleiros que acabaram condenados pelo
STF, a corte que agora poderá vir a decidir se procede ou não um eventual
pedido de impeachment de Dilma Rousseff.
Nesta semana, Dilma já
havia emporcalhado o cargo que ocupa ao atacar os delatores e os
procedimentos da Lava Jato, em interferência indevida do Executivo no
Judiciário.
Agora emporcalha mais
ainda em encontro indevido com o presidente do Supremo para salvar sua pele.
Não é só na hora da
eleição que ela faz o “diabo”, não. Para não cair, ela “casualmente” apunhala
as instituições e os brasileiros pelas costas.
“Quem é golpista mostra
na prática as suas tentativas”.
Fonte: Felipe Moura Brasil