MCS, Coopatag e Cootarde estão em greve; dívida é de R$ 1,4 milhão GDF
diz que problema de caixa é 'severo' mas trabalha para pagar categoria
A cooperativa
Alternativa, que atende a região de Brazlândia, no Distrito Federal, aderiu à
paralisação dos rodoviários nesta quarta-feira (7) para cobrar o pagamento dos
salários de novembro e dezembro, 13º salários, cesta básica e tíquete. São 40
micro-ônibus a menos sem rodar e 140 rodoviários paralisados. Outras três
cooperativas já estavam paralisadas: a MCS, a Cootarde e grande parte dos
veículos da Coopatag. ...
Nesta quarta, o
secretário de Mobilidade, Carlos Henrique Tomé, afirmou que o governo tem um
problema "severo" de caixa, mas que trabalha para fazer os repasses
às cooperativas. "Essa é uma crise que herdamos do governo anterior. Nós
recebemos a crise instalada, a greve das cooperativas já existia em dezembro. O
que precisamos fazer é garantir mais uma vez o fluxo financeiro regular para
pagar esses prestadores de serviço", afirmou Tomé.
Cinquenta micro-ônibus
da cooperativa MCS não estão rodando, também por conta de atrasos nos
pagamentos do 13º e tíquete-refeição dos rodoviários. A cooperativa atende
cinco regiões administrativas: Riacho Fundo I, Riacho Fundo II, Recanto das
Emas, Guará e Estrutural. Cinquenta ônibus deixaram de circular.
Parte do efetivo da
Coopatag, que atende Santa Maria e Gama em 50 micro-ônibus, também continua
parada, mesmo após colocar 12 veículos da
frota nas ruas na tarde de segunda.
Eles chegaram a um acordo com a cooperativa para receber R$ 100 por dia para
trabalhar, informou o Sindicato das Cooperativas. Nesta quarta, somente 15
ônibus da cooperativa circulam pelo Distrito Federal.
Na Cootarde, 50 ônibus
convencionais pararam nas linhas que ligam Gama e Santa Maria à Rodoviária do
Plano Piloto. Segundo a cooperativa, 10 mil passageiros usam os veículos
diariamente. Os micro-ônibus que rodam dentro das regiões circulam normalmente.
A dívida do governo do
Distrito Federal com as cooperativas chega a R$ 1,4 milhão, de acordo com o
Sindicato das Cooperativas. Mesmo sabendo da situação financeira do GDF, que
afirma ter um rombo de R$ 3,166 milhões, herdado da gestão anterior, os
trabalhadores afirmam que não há outra solução a não ser deixar de trabalhar.
"Como é que você vai trabalhar sem pagar aluguel, comer, sem pagar nada?
Com o salário atrasado, a categoria cruza os braços e só volta a trabalhar com
dinheiro", afirma.
Fonte: Portal G1 DF. Foto: Reprodução TV
Globo - 07/01/2015