Parlamentares
e procurador classificam como fortes os indícios de que duas funcionárias
contratadas por deputado do PMDB e pagas com dinheiro da Câmara têm outros
empregos em município mineiro
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| Corredor da Câmara: alguns deputados defendem a revisão das regras de contratação de assessores parlamentares |
Ao tomar conhecimento da nova
denúncia de funcionários fantasmas na Câmara dos Deputados, revelada ontem,
pelo Correio, o Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPF-DF) admitiu
que o episódio merece análise mais aprofundada e que poderá abrir um inquérito
para investigá-lo. Parlamentares e o
procurador da República Frederico Paiva —
responsável pelo caso de Elias José Ferreira, noticiado na semana passada —
comentam que a denúncia é grave e exige, além de apuração, mudança nas regras
de contratação de assessores da Casa.Na reportagem de ontem, o Correio revelou que duas secretárias parlamentares do deputado Antônio Andrade (PMDB-MG) não trabalhavam efetivamente nem no gabinete em Brasília nem no escritório de Belo Horizonte. Amália Marisa de Assis Ferreira, mulher de Elias, atua, na verdade, numa loja de produtos agrícolas em Coromandel (MG) — cidade em que o deputado obteve mais de 5 mil votos, segundo o próprio peemedebista. Já Naiara Rosa Peres, filha da ex-prefeita de Coromandel Dione Maria Peres, estagiou em empresas de consultoria financeira enquanto recebia salário da Câmara. Somente na tarde de ontem, o deputado deu explicações sobre o caso.
Fonte: Correio Braziliense
