Empresário 'perde' US$ 6,8 bilhões e agora ocupa o posto de 73º mais rico.
Ele foi superado por Jorge Paulo Lemann e Dirce Camargo no país.
O empresário Eike Batista
caiu para o posto de 3º bilionário mais rico do Brasil no ranking da Bloomberg,
após "perder" US$ 6,8 bilhões de sua fortuna em um só dia, segundo
novos cálculos da Bloomberg divulgados nesta sexta-feira (14).
No dia 12,
Eike ocupava a 36ª posição, com uma fortuna de US$ 19,5 bilhões. Agora, Eike
ocupa o posto de 73º mais rico do mundo, com um patrimônio avaliado em US$ 12,7
bilhões, atrás de Jorge Paulo Lemann, investidor da Anheuser-Busch InBev, e de
Dirce Camargo, herdeira do setor de construção civil.
Novas informações sobre os
termos da venda de 5,63% da holding EBX, em março, por US$ 2 bilhões para o
fundo Mubadala Development, de Abu Dhabi, nos Emirados Árabesu, levaram à
reavaliação do valor do 'império' de commodities do empresário.
Segundo
reportagem da Bloomberg, no acordo com a Mubadala Development Co. o bilionário
brasileiro concordou em ceder uma fatia adicional não especificada de sua
holding em 2019 se não entregar retorno anual de 5%, sobre o investimento do
fundo. As informações são de uma pessoa com conhecimento do acordo.
Os termos
publicados inicialmente sobre a transação avaliavam o conglomerado de Eike em
US$ 35,5 bilhões. Com base no preço das ações das empresas de capital aberto em
que o bilionário tem participação, na época do anúncio, o acordo avaliava as
empresas fechadas de Eike em US$ 10,6 bilhões. Agora, o ranking da Bloomberg
deixou de considerar esse prêmio às empresas fechadas porque os termos do
acordo consideram um valor total menor para o grupo do brasileiro.
Na
reportagem, a Bloomberg cita ainda "atrasos de produção e metas não
atendidas" pela grupo de Eike.
Procurado
pela agência de notícias, Eike não comentou a reavaliação feita pelo ranking e
repetiu a mensagem enviada po e-mail enviado em 30 de novembro, quando ele
perdeu o título de pessoa mais rica do país para Lemann. “O Brasil merece ter
mais brasileiros nessa lista”.
As
assessorias da EBX e do Mubadala também não quiseram comentar a estrutura do
acordo entre as duas empresas anunciado em março.
No final de
março, após a negociação com o fundo Mubadala, o patrimônio de Eike chegou a
ser avaliado em R$ 34,5 bilhões, o que colocou o empresário no 8º lugar no
ranking da Bloomberg. No dia 30 de novembro, o empresário perdeu o título de
pessoa mais rica do Brasil para Lemann, mas recuperou o posto no dia 8 de
dezembro, e no dia 11 tinha subido para a 35ª posição.
Agora, o
brasileiro mais bem colocado no ranking é Lemann, que ocupa a 36ª posição, com
patrimônio avaliado em US$ 18,9 bilhões.