Oficialmente, a análise do requerimento de urgência para a
apreciação dos vetos da presidente Dilma Rousseff sobre a distribuição dos
royalties do petróleo, prevista para o início da tarde de ontem, foi adiada
para uma nova tentativa de negociação. Mas os dois lados da disputa dão
explicações diferentes para a falta de entendimento. Para os governistas, a
possibilidade de acordo deu ao grupo tempo para tentar impedir a derrubada dos
vetos. Já para os representantes de estados não produtores de petróleo, o adiamento
foi essencial para garantir quórum na sessão remarcada para hoje.
Com o adiamento, parlamentares contrários às alterações impostas pelo Planalto tiveram mais fôlego para reunir assinaturas de apoio ao requerimento.
Eram necessários 257 deputados e 42 senadores e,
agora, já somam 277 apoios formais da Câmara e 50 do Senado. “Achamos melhor a
mudança porque muitos parlamentares só chegariam a Brasília ontem à tarde”,
comentou o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI).Com o adiamento, parlamentares contrários às alterações impostas pelo Planalto tiveram mais fôlego para reunir assinaturas de apoio ao requerimento.