terça-feira, 24 de abril de 2012

Revista demite jornalista que voltava de licença-maternidade



Nesta terça-feira (24/4), a IstoÉ demitiu a repórter especial Solange Azevedo, após ela retornar ao trabalho de licença-maternidade seguida de férias. A demissão, que não é a primeira pela empresa nessas circunstâncias, é considerada ilegal e, por isso, chama a atenção, principalmente de órgãos como o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), que prepara uma nota de repúdio sobre o caso.

À IMPRENSA, Solange disse que a IstoÉ alegou redução de custos frente à sua demissão. Perguntada sobre a atitude que pretende tomar em relação à situação, a jornalista afirmou que não fará nada. O SJSP, no entanto, adotará uma postura frente à demissão indevida.

Augusto Camargo, presidente do SJSP, disse à IMPRENSA que o sindicato está elaborando uma nota sobre a demissão de Solange, que deve ser publicada em breve. Para ele, é improvável que a demissão de duas mulheres que voltavam de licença-maternidade represente uma mera coincidência. 

"O fato de duas pessoas serem demitidas na mesma situação pode ser encarado como uma política deliberada?", questiona Guto Camargo. "Escreveremos uma nota de repúdio à essa situação. O problema não é se a empresa tem o direito ou não de fazer isso. A questão é que a empresa parece estar adotando uma posição clara, criando uma situação constrangedora para as outras mulheres que lá trabalham", acrescentou.

IMPRENSA tentou contato com a IstoÉ , mas não foi atendida.