Nesta terça-feira (24/4), a IstoÉ demitiu a repórter especial Solange
Azevedo, após ela retornar ao trabalho de licença-maternidade seguida de
férias. A demissão, que não é a primeira pela empresa nessas circunstâncias, é
considerada ilegal e, por isso, chama a atenção, principalmente de órgãos como
o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), que prepara uma nota de
repúdio sobre o caso.
À IMPRENSA, Solange disse que a IstoÉ alegou redução de custos frente à sua
demissão. Perguntada sobre a atitude que pretende tomar em relação à situação,
a jornalista afirmou que não fará nada. O SJSP, no entanto, adotará uma postura
frente à demissão indevida.
Augusto Camargo, presidente do SJSP, disse à IMPRENSA que o
sindicato está elaborando uma nota sobre a demissão de Solange, que deve ser
publicada em breve. Para ele, é improvável que a demissão de duas mulheres que
voltavam de licença-maternidade represente uma mera coincidência.
"O fato de duas pessoas serem demitidas na mesma situação
pode ser encarado como uma política deliberada?", questiona Guto Camargo.
"Escreveremos uma nota de repúdio à essa situação. O problema não é se a
empresa tem o direito ou não de fazer isso. A questão é que a empresa parece
estar adotando uma posição clara, criando uma situação constrangedora para as
outras mulheres que lá trabalham", acrescentou.
IMPRENSA tentou contato com a IstoÉ , mas não foi atendida.
IMPRENSA tentou contato com a IstoÉ , mas não foi atendida.