Na
bancada do PMDB, há quem aposte que, se a CPI do Cachoeira mergulhar em
contratos da Saúde, pode atingir em cheio o já enrolado governador do Distrito
Federal, Agnelo Queiroz (PT), que chefiou a Anvisa (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária).
A informação é do "Painel", editado por Vera Magalhães e publicado na Folha deste domingo
Segundo o porta-voz do governo do DF, Ugo Braga, Agnelo se encontrou com Cachoeira "em 2009 ou 2010", quando o governador exercia cargo de direção na Anvisa, em Brasília. O governo de Agnelo também é investigado por interceptar ilegalmente de e-mails de adversários. O governador reconheceu que esteve uma vez com Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, investigado por suspeita de comandar um esquema de jogo ilegal.
O diretor do Comitê Ficha Limpa do Distrito Federal, Diego Ramalho Freitas, apresentou no dia 16, à Câmara Distrital do DF um pedido de impeachment do governador Agnelo Queiroz (PT) por seu suposto envolvimento com a quadrilha comandada pelo empresário de jogos ilícitos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Após intensa negociação, o governador conseguiu impedir nesta semana a criação de uma CPI destinada a investigar grampos ilegais supostamente feitos pelo governo do petista.
A oposição vai tentar agora instalar a comissão parlamentar de inquérito na próxima terça-feira (24).
A sessão para criar a CPI estava marcada para quarta-feira (18). Mas uma reunião na residência oficial do governador com os deputados foi estendida até às 17h, exatamente o horário em que a sessão da Câmara Legislativa foi encerrada por falta de quórum.
Agnelo, segundo parlamentares, ofereceu cargos e tentou convencer os aliados de que não houve espionagem.
Fonte: Folha de São Paulo