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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Para PMDB, CPI pode atingir em cheio governo de Agnelo Queiroz


Na bancada do PMDB, há quem aposte que, se a CPI do Cachoeira mergulhar em contratos da Saúde, pode atingir em cheio o já enrolado governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), que chefiou a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

A informação é do "Painel", editado por Vera Magalhães e publicado na Folha deste domingo 

Segundo o porta-voz do governo do DF, Ugo Braga, Agnelo se encontrou com Cachoeira "em 2009 ou 2010", quando o governador exercia cargo de direção na Anvisa, em Brasília. O governo de Agnelo também é investigado por interceptar ilegalmente de e-mails de adversários. O governador reconheceu que esteve uma vez com Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, investigado por suspeita de comandar um esquema de jogo ilegal.

O diretor do Comitê Ficha Limpa do Distrito Federal, Diego Ramalho Freitas, apresentou no dia 16, à Câmara Distrital do DF um pedido de impeachment do governador Agnelo Queiroz (PT) por seu suposto envolvimento com a quadrilha comandada pelo empresário de jogos ilícitos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Após intensa negociação, o governador conseguiu impedir nesta semana a criação de uma CPI destinada a investigar grampos ilegais supostamente feitos pelo governo do petista.

A oposição vai tentar agora instalar a comissão parlamentar de inquérito na próxima terça-feira (24).

A sessão para criar a CPI estava marcada para quarta-feira (18). Mas uma reunião na residência oficial do governador com os deputados foi estendida até às 17h, exatamente o horário em que a sessão da Câmara Legislativa foi encerrada por falta de quórum.

Agnelo, segundo parlamentares, ofereceu cargos e tentou convencer os aliados de que não houve espionagem.
Fonte: Folha de São Paulo