A
Superintendência do Paraná da Polícia Federal havia autorizado a entrada de
jornalistas de outros veículos para acompanhar as entrevistas exclusivas
(foto: Minervino Junior/CB/D.A Press) |
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
Ricardo Lewandowski proibiu, nesta quinta-feira (25/4), a entrada de outros
veículos, autorizada pela Superintendência do Paraná da Polícia Federal, na
entrevista exclusiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos
jornais Folha de S. Paulo e El País. A entrevista está marcada
para esta sexta-feira (26/4).
Com a decisão publicada, o ministro restringiu
exclusivamente aos profissionais da imprensa que foram autorizados pelo
ex-presidente. Ou seja, apenas aos jornalistas Mônica Bérgamo e Florestan
Fernandes, da Folha de S. Paulo e do El País, respectivamente. "Está
vedada a participação de quaisquer outras pessoas, salvo as equipes técnicas
destes, sempre mediante a anuência do custodiado", esclarece no
despacho.
De acordo com informações divulgadas pela
assessoria de Lula em suas redes sociais e no site do político, a
Superintendência do Paraná da Polícia Federal autorizou a entrada de
jornalistas de outros veículos para acompanhar as entrevistas exclusivas.
O Correio procurou a Superintendência da PF, mas até o
momento de publicação desta reportagem não obteve retorno.
De acordo com nota publicada no site oficial do
ex-presidente, a decisão da PF "viola primeiro a decisão do Supremo, já
que as entrevistas devem acontecer com anuência do ex-presidente, e também os
jornalistas, a prática e a ética jornalística ao permitir que profissionais de
outros veículos assistam entrevistas exclusivas", diz a
postagem.
Entenda o caso
Ambos os veículos tentavam a entrevista desde a
época das eleições, porém a Justiça Federal do Paraná negou os pedidos na
época. A controvérsia começou após após os jornais recorrerem ao STF para a
autorização das mesmas.
Após uma guerra de liminares entre os ministros
do Supremo, Toffoli revogou na última quinta-feira (18/4), a decisão de Luiz
Fux, que suspendeu uma liminar do ministro Ricardo Lewandowski, que autorizava
o petista a ser entrevistado.
Fonte: Correio Braziliense