Operários bloquearam acesso às cinco frentes de trabalho da usina.
Manifestação começou no km 27 da rodovia Transamazônica.
Operários da usina de Belo
Monte, em Altamira (PA), iniciaram nesta segunda-feira (23) uma paralisação por
melhores condições de trabalho. O ato é pacífico. A categoria fechou o
principal acesso aos cinco canteiros de obras da usina, no km 27 da Rodovia
Transamazônica.
O estado de greve dos
trabalhadores começou na última quinta-feira. Eles querem aumento do valor da
cesta básica, que hoje é de R$ 95, e a diminuição do intervalo entre os
periodos de folga. Hoje, os trabalhadores têm direito a sair para ver a família
de seis em seis meses.
O Consórcio Construtor de Belo
Monte (CCBM) ainda não se manifestou oficialmente sobre o assunto. Os
trabalhadores estão mantendo apenas os serviços essenciais nos canteiros de
obras, como atendimento médico, segurança e alimentação.
A paralisação em Altamira
começou por volta de cinco horas da manhã. Os operários líderes da manifestação
bloquearam o acesso dos ônibus que levam trabalhadores para as cinco frentes de
trabalho de Belo Monte.
Entenda o caso
Esta não é a primeira vez que
os operários de Belo Monte suspendem atividades nas frentes de trabalho da
usina. No dia 29 de março os funcionários de dois dos cinco canteiros de obras
paralisaram as obras exigindo melhores condições de trabalho.
A manifestação ocorreu após a
morte de um operário em 27 de março. Francisco Orlando Rodrigues, que
trabalhava para uma empresa terceirizada que executava serviços de supressão
vegetal para o Consórcio Construtor da Usina, morreu em um acidente de
trabalho.
Na época, os responsáveis pela obra informaram que as
manifestações não estavam relacionadas ao falecimento de Rodrigues, e que ainda
aguardavam a pauta de reivindicações dos demais trabalhadores. As atividades
nos canteiros foram retomadas no dia 30 de março