terça-feira, 7 de outubro de 2025

Traição Política: Quando o Aliado Vira Adversário Antes Mesmo da Eleição

FOTO: REPRODUÇÃO INTERNET


POR GLEISSON COUTINHO

Nos bastidores da política local, a disputa por espaço e poder tem mostrado que lealdade é um artigo cada vez mais raro. O que antes parecia um grupo unido em torno de um mesmo projeto político começa a se fragmentar diante da proximidade do período eleitoral. Pré-candidatos que, até pouco tempo atrás, se apresentavam como aliados firmes de um determinado líder político, agora são vistos articulando em outras frentes, firmando novos conchavos e até disparando críticas públicas contra aquele que os lançou na arena política.

A movimentação evidencia o que muitos chamam de “traição política”, mas que, na prática, revela o lado mais cru da disputa pelo poder: a conveniência. Enquanto discursos inflamados de lealdade e parceria são repetidos em palanques e reuniões, nos bastidores o cenário é outro. Reuniões secretas, acordos velados e promessas de apoio em troca de benefícios políticos se tornam rotina.

Há aqueles que se lançaram aos cargos de deputados surfando na onda de um candidato que se dizia contra a corrupção e tudo que há de podre na política, soando aos ouvidos dos eleitores como o candidato perfeito. Mal entrou uma raposa no cenário político e já se vendeu como uma prostituta, deitando-se com qualquer um por dinheiro.

Esses pré-candidatos até podem tentar, por alguns anos, enganar o povo, mas acabam revelando quem realmente são. E desta vez ficou complicado: nem ganharam uma cadeira no legislativo e já mostram que fazem aliança até com o satanás tudo por um cargo, a qualquer custo.

Ainda bem que se revelaram agora. Nessas horas, será que bateu o arrependimento?

Saiba que, no momento oportuno, a cidade onde foi o campeão de votos saberá quem realmente esse pretérito candidato é.

Um observador experiente do cenário político resume:

“Não é incomum ver aliados de ontem se tornando inimigos de hoje. A política é feita de interesses, e quando os interesses mudam, mudam também as alianças.”

O comportamento tem causado desconforto entre apoiadores fiéis e militantes de base, que se sentem traídos ao ver antigos companheiros mudarem de lado por conveniência eleitoral. Muitos lembram que esses mesmos pré-candidatos, há poucos meses, defendiam com veemência o nome e as propostas do político a quem agora atacam.

Analistas destacam que a prática, apesar de antiga, causa desgaste público e mina a credibilidade dos envolvidos. Em tempos de redes sociais e vigilância constante, a incoerência política se torna visível e rapidamente julgada pelo eleitorado.

O eleitor, cada vez mais atento, tem um papel fundamental nesse processo. Cabe a ele identificar quem realmente defende um projeto por convicção e quem se move apenas conforme a direção do vento político.

No fim das contas, como diz o velho ditado, “na política, não há amigos eternos, apenas interesses permanentes”. Mas quando a traição acontece tão cedo, antes mesmo das urnas serem abertas, o que se vê é menos estratégia e mais oportunismo e o público percebe.


Fonte: A redação