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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Preparação contra ataques virtuais


Um hacker invade a rede de computadores da Usina de Itaipu, no Paraná, e paralisa as geradoras de energia, causando um apagão geral. A situação é fictícia, mas o Brasil está se preparando para reagir a ataques desse tipo. O Exército apresentou ontem o Simulador Nacional de Operações Cibernéticas, que treinará militares para eventuais guerras eletrônicas. O país ainda não sofreu uma grave invasão, mas casos em outros países dão a dimensão do problema. Em 2010, o Irã foi vítima do primeiro ataque
militar cibernético da história. Um vírus chamado Stuxnet infectou os sistemas de operação de uma usina de enriquecimento de urânio, o que atrasou em anos o desenvolvimento do programa nuclear do país. O Teerã atribui a ação a adversários, como os Estados Unidos e o Iraque. ...


“Com o crescimento do Brasil, tornando-se uma potência, acabamos virando possíveis alvos”, diz o general Antonino dos Santos Guerra Neto, comandante do Centro de Comunicações de Guerra Eletrônica do Exército. O simulador, que custou R$ 5 milhões e foi produzido pela empresa brasileira Decatron, cria cenários fictícios de ataques e os militares são obrigados a contorná-los.

O simulador também pode ser usado por empresas privadas. Segundo o diretor de negócios da Decatron Bruno Melo, os crimes cibernéticos movimentam hoje mais dinheiro que o tráfico internacional de drogas. Pesquisa feita pela instituição americana Norton, especializada em antivírus, em 2011, revela que 80% dos adultos brasileiros já foram vítimas e o prejuízo é avaliado em US$ 15 bilhões.



Fonte: Correio Braziliense - 23/01/2013