Família responsabiliza sistema público de saúde pela perda do jovem. Atendimento foi adequado, segundo Hospital Municipal de Mineiros.
O estudante Lucas Ferreira
dos Santos, 15 anos, morreu em conseqüência da queda de uma árvore, quando
bateu a cabeça no chão, na segunda-feira (10), no município de Mineiros,
região sudoeste do estado. O menor chegou a ser socorrido pelos bombeiros e
levado a um hospital público da cidade, mas de acordo com denúncia feita pela
família, na quinta-feira (13), o jovem acabou morrendo por falta de atendimento
especializado.
A família da
vítima não conseguiu um leito em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou um
médico neurologista para atender o garoto na cidade. O passo
seguinte foi pedir
a transferência para o Hospital de Urgências de Goiânia ou de Santa Helena, mas
segundo eles, a Central de Regulação da Secretaria Estadual de Saúde informou
que não havia vagas.
A tia de Lucas, Maria
Conceição da Silva, reclama. “Se o meu sobrinho tivesse morrido tendo
assistência dos médicos, eles ajudando, colaborando, até que a gente se
conformava. Eu não me conformo da maneiro como ele morreu, porque ele morreu à
míngua”, revolta-se.
Lucas ficou
17 horas internado em um hospital público da cidade. Depois disso, ele foi
transferido para um hospital particular conveniado ao Sistema Único de Saúde
(SUS), que também não tem UTI. O adolescente já havia sofrido uma parada
cardíaca e acabou morrendo poucos minutos depois da transferência. “Eu tenho certeza,
se ele estivesse em um hospital adequado na hora em que ele deu aquela crise,
ele não teria morrido”, critica a tia de Lucas.
A direção do
Hospital Municipal de Mineiros informou à TV Anhanguera que o adolescente
recebeu todos os cuidados necessários. Por nota, a Secretaria de Saúde do
Estado de Goiás informou que desde o momento em que foi solicitada a
transferência eles tentaram uma vaga, mas nenhum hospital de Goiânia tinha
leito de UTI neurológica disponível.