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segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Fiasco do 7 de Setembro de 2025 expõe crise de apoio popular ao governo

foto: reprodução internet

O tradicional desfile cívico de 7 de Setembro, data em que o Brasil celebra sua independência, transformou-se em um verdadeiro fiasco político em 2025. Diferentemente dos anos do governo anterior, quando a Esplanada dos Ministérios costumava reunir milhares de pessoas, a edição deste ano ficou marcada por arquibancadas vazias, público disperso e uma notória ausência de apoiadores do governo federal.

A falta de adesão chamou a atenção da imprensa, de analistas políticos e até de parlamentares da base governista. O contraste foi evidente: em 2022, por exemplo, manifestações ligadas ao processo eleitoral levaram multidões às ruas; já em 2025, três anos após aquela disputa presidencial, praticamente não se viu mobilização popular em defesa da atual gestão.

A indiferença da população levanta questionamentos sobre a legitimidade do apoio ao governo eleito em 2022. “Se parte expressiva da sociedade tivesse realmente se mobilizado nas urnas e continuasse engajada, o mínimo esperado seria uma presença significativa em um evento nacional como o 7 de Setembro. O esvaziamento é simbólico e político”, avalia um cientista político ouvido pela reportagem.

Vídeo publicação Instagram

Críticos do governo argumentam que a ausência de público demonstra que o discurso eleitoral de 2022 não se traduziu em adesão popular duradoura. Para eles, o resultado das últimas eleições ainda suscita dúvidas sobre a real dimensão da base de apoio que sustentou a vitória nas urnas.

A cerimônia seguiu o protocolo oficial, com execução do Hino Nacional, hasteamento da bandeira e desfile das Forças Armadas. No entanto, a imagem que prevaleceu foi a de arquibancadas desertas: sem aplausos, sem gritos de apoio e sem o tradicional verde-amarelo das ruas.

O episódio reforça a percepção de que o governo atravessa uma crise de representatividade. Se em outros tempos o 7 de Setembro servia de termômetro para medir a força política de quem estava no poder, em 2025 a mensagem foi clara: o povo não apareceu.


fonte: a redação