quarta-feira, 10 de julho de 2013

Retirada de poluição visual no DF gera ônus ao erário

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O Distrito Federal é um das cidades que tem uma das maiores áreas verdes do Brasil. Os gramados bem conservados é um dos orgulhos da Capital. Mas infelizmente, um dos problemas que assolam Brasília atualmente é a poluição visual. Os responsáveis por todos esses transtornos são comerciantes, empresários e até políticos, que querem divulgar todo o tipo de atividade usando o gramado e locais públicos, sujando a cidade e deixando a paisagem com aspecto de abandono.

Além da poluição ambiental, algumas propagandas instaladas irregularmente são passiveis de acidentes de transito. Essas irregularidades gera outro problema, o desperdício de dinheiro público para a retirada de faixas, outdoors entre
outros. Apesar de existir uma parceria entre o Governo do Distrito Federal (GDF) a Secretária de Ordem Pública (SEOPS) e a Agência de fiscalização (Agefis), o uso de veículos dos órgãos (combustível), o apoio operacional (pessoal) e fiscais contratados para fazerem a retirada de materiais irregulares das ruas, aumenta o desperdício de verba pública.

O GDF, preocupado em coibir as propagandas e publicidades irregulares, criou o Comitê de Combate a Poluição Visual. As ações desse grupo estão amadurecendo, a partir das reuniões entre os representantes e à articulação da Casa Civil com todos os membros. Estão sendo definido nas Regiões Administrativas, no Metrô, Departamento de Estrada e Rodagem do Distrito Federal (DER) e no Instituto Brasília Ambiental (Ibram) os Planos de Ocupação de Publicidade (POPs), que vão regulamentar a veiculação dos anúncios em cada cidade, nas faixas de domínio e facilitará o trabalho da fiscalização, pois eles terão mais um instrumento de controle.

Procurada pelo Guardian Notícias, a Seops explicou que a prioridade da fiscalização atualmente é fazer as retiradas emergenciais de repressão às propagandas e publicidades irregulares, que estão sendo intensificadas nas Asas Sul e Norte, na área central de Brasília, no Cruzeiro, na Candangolândia, no Sudoeste/Octogonal e na Vila Planalto.

Fiscalização: A operação Cidade Limpa, tem o objetivo de retirar as faixas e placas de propaganda e publicidade das regiões administrativas, que ocorre pelo menos três vezes por semana. Quando realizadas em conjunto com a Agefis, os materiais recolhidos passam por análise para que seja identificado o responsável pela ilegalidade. A partir daí, este pode ser penalizado com uma multa de R$ 482.707,25. A infração poderá, ainda, ser dobrada em caso de reincidência.

De acordo com o órgão, o objetivo é identificar os responsáveis, e alegam que os materiais têm um destino sustentável. São transformados em móveis e adubo numa cooperativa de reciclagem da Estrutural.

“Todos os dias a Agefis vai às ruas para acabar com a poluição visual da Capital Federal. Tempo objetivo de ajudar ao próximo também, por isso é feito uma doação para ajudar instituições que reciclam as propagandas irregulares, que produzem bolsas a serem vendidas”, conclui a superintendente de fiscalização de limpeza urbana do órgão Cláudia Virginia Rodrigues.

A afixação propagandas em áreas públicas depende de autorização, que pode ser obtida na administração regional da cidade onde se pretende instalar o objeto. A fiscalização poderá emitir licença de até sete dias, se houver previsão dessa autorização no Plano Diretor de Publicidade Local.

Estatísticas: No ano passado, 15.518 materiais de propagandas e publicidade acabaram apreendidos. Em 2011, foram 20.880. Entre janeiro e abril deste ano esse número fecha em 3.439.

Por Nayara Ribeiro

Fonte: Guardian Noticias