O Tribunal de Justiça do Distrito Federaldeterminou
na última terça-feira (11) a prisão preventiva de dois policiais civis do DF,
suspeitos de terem cometido extorsão mediante sequestro. Os dois foram levados
para a carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE) nesta terça.
Na decisão, o
juiz Max Abrahão Alves de Souza afirmou que, "além de prática odiosa, há
indícios que os dois policiais não medem esforços para a consecução do intento
criminoso, revelando total inserção e comprometimento com a seara
delituosa".
De acordo com
denúncia do Ministério Público, no dia 1º de dezembro de 2008, a vítima da extorsão
e um comparsa roubaram R$ 100 mil de um posto
de gasolina no Lago Sul. Com o
ladrão que foi vítima da extorsão ficaram R$ 40 mil.
Na época, os dois policiais
civis trabalhavam na 15º delegacia de polícia, em Ceilândia. Apesar de o crime
ter ocorrido no Lago Sul e ser investigado por outra DP, eles descobriram onde
o assaltante morava. Segundo a Corregedoria da Polícia Civil, para chegar ao
autor do roubo, os policiais sequestraram parentes dele.
No depoimento
que prestou à Corregedoria, a vítima disse que foi abordada pelos agentes na
porta de casa, em Santa Maria. De lá, foi levado de carro até Valparaíso, em
Goiás. Contou que em um matagal foi agredido e ameaçado pelos policiais até
concordar em entregar o dinheiro que havia roubado naquele mesmo dia.
Ainda
conforme a vítima, os policiais teriam dito que a prima dele e o marido dela
eram mantidos reféns por outro grupo de policiais. Os parentes sequestrados
disseram em depoimento que foram torturados e ameaçados por duas horas para
contar onde a vítima morava.
Os dois
policiais respondem na Corregedoria a oito processos por improbidade
administrativa e extorsão.