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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

À queima-roupa: Luiz Estevão


Está impedido de se candidatar. Faz política nos bastidores?
Não. Não há nenhuma iniciativa minha direcionada à ação política.

Tem conversado sobre política com Roriz?
Tenho. Fiz parte de um grupo de cinco pessoas recentemente convidadas para um almoço com ele.

O que conversaram?
Roriz apresentou aos presentes o texto e os argumentos da ação que busca proporcionar elegibilidade dele para as eleições de 2014. ...

Apoiou a ideia?
A petição é juridicamente muito bem elaborada, mas esbarra em uma questão dificilmente transponível, a falta de tempo hábil para que seja julgada em primeira e segunda instâncias até as eleições de 2014.

Foi o maior adversário do governo do PT na gestão de Cristovam Buarque. Seria igualmente crítico ao
atual governo se tivesse mandato?
Quando integrava o quadro de deputados distritais, a minha interação com a população e com o eleitor era muito intensa, o que me permitia fazer um juízo crítico muito preciso das ações do governo. Hoje, afastado da política, não me vejo embasado para fazer a mesma análise.


Tem alguém em mente para 2014?
Até agora, pelo que leio, há mais de 20 pré-candidatos postulando a eleição ao governo. É cedo para qualquer avaliação.

Por que tanta disputa na Federação Brasiliense de Futebol?
Também não sei a razão da Federação ter sido objeto de tanta disputa. Não consigo ver nada que justifique a razão de todo esse empenho.

É verdade que vai inaugurar duas clínicas de saúde em Brasília?
É verdade. Inicio o projeto em 2013 e já em 2014 pretendo inaugurar no Plano Piloto as clínicas inteiramente gratuitas. Uma delas voltada para cirurgia de catarata e a outra para exames de imagem, como as ressonâncias magnéticas. Muitas pessoas ficam em filas meses esperando exames de imagem sem os quais não conseguem se tratar.

O que pretende ao lançar com dinheiro próprio clínicas públicas?
Acho importante, sempre mantive atividades sociais. Na década de 1980, fornecia 10 mil copos de leite e 6 mil pratos de sopa a pessoas carentes. O grande problema da sociedade está na saúde e nenhum governo vai resolver. Não tem nenhum cunho eleitoral. Se não me engano, estou inelegível até 2026.

O senhor já foi condenado em processos judiciais e ainda responde ações em tramitação. Tem medo de que o desfecho seja a cadeia?
Tenho.


Fonte: Coluna Eixo Capital / Correio Braziliense - 09/12/2012