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domingo, 3 de junho de 2012

CPI marca depoimentos de Perillo e Agnelo para 12 e 13 de junho


O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga as relações do bicheiroCarlinhos Cachoeira anunciou nesta quinta-feira (31) que marcou para o dia 12 de junho o depoimento do governador de Goiás, Marconi Perillo (GO), e para o dia 13 de junho, a audiência com o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT).
A convocação dos dois foi aprovada pela CPI nesta quarta (30) junto com a rejeição, por 17 votos a 11, para chamar também
o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB).  A convocação de Perillo foi aprovada por unanimidade e a de Agnelo, por 16 votos a 12.
A data dos depoimentos foi comunicada por Vital do Rêgo pouco antes do início da sessão que ouviria o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), que ficou calado e provocou bate-boca entre parlamentares.

Ao final da sessão desta quinta, o PSDB manifestou a intenção de antecipar a ida do governador tucano. O líder do partido na Câmara, Bruno Araújo (PSDB-PE), disse que vai insistir junto ao presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), para que Perillo seja ouvido já na próxima terça-feira, dia 5 de junho.
O deputado criticou o que definiu como uma intenção protelatória dos integrantes da comissão em prever que a audiência ocorra só daqui duas semanas, no dia 12 de junho. A previsão é que a próxima semana seja dedicada a sessões administrativas, quando são votados requerimentos.

'Pressa'
Integrante da comissão, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) defendeu que a audiência seja realizada mais tarde. "Não precisamos de pressa. Mesmo porque, quanto mais tempo tiver, os dados que temos aqui vão trazer mais elementos para indagá-los", afirmou.
Para o líder tucano, no entanto, adiar o depoimento por causa das informações indicaria uma atuação temerária da comissão. "Se a CPI não estiver pronta para ouvir o governador, isso significa uma absoluta irresponsabilidade", alegou Araújo.
Agnelo e Perillo são citados por integrantes da quadrilha de jogo ilegal comandada por Cachoeira em conversas telefônicas gravadas pela Polícia Federal. Sérgio Cabral aparece em fotos durante uma viagem a Paris ao lado do presidente licenciado da construtora Delta, Fernando Cavendish. De acordo com a PF, a Delta transferiu recursos a empresas fantasmas do grupo de Cachoeira.