A presidente
Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (21), durante inauguração da obra de
uma ponte em Laguna (SC), que o Brasil está "300% preparado" para os
efeitos da crise financeira internacional.
Ela
disse ter sido recentemente indagada sobre a
capacidade do Brasil de enfrentar as consequências da crise.
capacidade do Brasil de enfrentar as consequências da crise.
"Posso
assegurar: nós estamos 100%, 200%, 300% preparados. E esta obra aqui faz parte
dessa resistência contra a crise", afirmou, em discurso na cerimônia de
assinatura da ordem de serviço da construção da ponte da BR-101 sobre a Lagoa
do Imaruí.
Para Dilma, o
país construiu, ao longo dos anos, uma estabilidade que criou as condições de
enfrentar as consequências das oscilações financeiras internacionais.
"Antes o mundo espirrava e o Brasil pegava uma pneumonia. Hoje, não
pegamos pneumonia", disse a presidente.
Para
justificar, Dilma mencionou as reservas de dólares que o país dispõe, que
cresceram desde a eclosão da crise financeira internacional, em 2008 e 2009.
Segundo a presidente, as reservas vão permitir ao Brasil continuar expandindo a
economia.
Na Europa, a situação tem se deteriorado
bastante. E como é que fica o Brasil? O Brasil fica muito bem porque nós não
temos os graves problemas que têm Estados Unidos e Europa."
Dilma Rousseff, presidente da República
“Agora,
estamos mais fortes que estávamos em 2008 e 2009. Agora, temos U$ 370 bilhões
em reservas. Naquela época, tínhamos U$ 205 bilhões. Isso é uma proteção contra
o que quer que aconteça no sistema financeiro internacional. Estamos em
condições de garantir que nossas indústrias exportem, importem, continuem
funcionando", afirmou.
A
exemplo do que tem feito nas últimas semanas, a presidente voltou a assinalar
as diferenças entre os governos europeus e o brasileiro no combate à crise.
Para a presidente, a "situação tem se deteriorado bastante" na
Europa, que segundo avaliou, está escolhendo o caminho da recessão, enquanto o
Brasil o governo estimula o crescimento.
“Hoje
damos mais uma demonstração de que o Brasil é diferente da Europa. A Europa
está enfrentando a crise com recessão, a ponto de que alguns países passam por
taxas de desemprego que sequer concebemos. Metade dos jovens de lá estão sem
emprego. É um absurdo, é uma desesperança. O jovem é o futuro do país. O nosso
futuro está preservado. Nós temos um compromisso com a geração de emprego e
renda”, disse a presidente.
Para a
presidente, conta também em favor do Brasil a capacidade do país de fornecer
crédito. Ela fez referência às notícias de que, nos últimos dias, houve uma
corrida de europeus aos bancos para sacar dinheiro, com medo de os bancos
falirem ou de os governos não terem dinheiro para pagar compromissos.
De
acordo com Dilma, o Brasil está longe dessa situação. “Nós não precisamos
encostar um um tostão do orçamento para expandir crédito. Nós temos no BC
[Banco Central] R$ 400 bilhões a título de depósito que os bancos são obrigados
a colocar no BC como garantia do sistema financeiro público e privado.
Portanto, temos U$ 400 bilhões pra enfrentar qualquer emergência de crédito”,
disse a presidente.