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terça-feira, 24 de abril de 2012

Alunos ficam na porta ou mesmo dentro dos colégios à espera de aulas


A decisão judicial que considerou a greve dos professores abusiva e determinou a volta de 80% dos docentes às salas de aula foi ignorada ontem. O rumo do movimento será definido hoje, às 10h, durante assembleia com a categoria em frente ao Palácio do Buriti, mas a orientação da diretoria do Sindicato dos Professores (Sinpro) é a de manter os braços cruzados enquanto não for selado um acordo com o Governo do Distrito Federal (GDF).

Com o impasse, alunos da rede pública de ensino amargam dias de angústia. A estudante Jaqueline Gabrielle Santos, 17 anos, do 3º ano do Centro de Ensino Médio Asa Branca (Cemab), em Taguatinga, está apreensiva em relação ao vestibular. “Cada dia de greve complica ainda mais a nossa vida, porque estamos no último ano e precisamos saber do conteúdo para fazer o PAS”, disse. Na manhã de ontem, ela e os colegas Luan da Costa, 17 anos, Carlos Rubens Prateado, 18, Maurembergue Santos, 18, e Ana Clara Oliveira, 16, conversavam encostados no muro de uma casa. Por causa de um acidente na quadra de esportes com um funcionário, eles tiveram as poucas aulas suspensas. “Nunca tem aula normal. Os professores que vêm passam trabalho e prova, mas temos que vir. É ruim porque a gente assiste uma ou duas aulas e vai embora”, explicou Luan.