Presidente
eleito disse que juiz Moro terá liberdade e indicará todo o primeiro escalão do
Ministério da Justiça, incluindo o chefe da Polícia Federal
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL)
chamou de "superministério" a pasta que o juiz federal Sérgio Moro
aceitou assumir em seu governo, após reunião entre os dois no Rio de Janeiro.
Ao dar entrevista às redes de tevê católicas, à qual o Correio acompanhou,
Bolsonaro disse ainda que Moro terá "liberdade" para realizar o
trabalho de combate à corrupção e ao crime organizado.
"Ele vai indicar todos que virão a
compor o primeiro escalão do Ministério da Justiça, entre eles o chefe da
Polícia Federal, porque a PF voltaria para dentro do Ministério da Justiça.
Deixaria de existir a palavra Ministério da Segurança, e passaria a ser Ministério
da Justiça e Segurança", disse Bolsonaro (veja vídeo abaixo).
O futuro presidente do Brasil confirma,
assim, a ideia de que o Ministério da Justiça pasará a abrigar outros órgãos,
incluindo a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Secretaria da Transparência
e Combate à Corrupção e o Conselho de
Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
"Será um superministério da Justiça.
Teremos uma parte do Coaf dentro do Ministério da Justiça, para que ele (Moro)
tenha em tempo real todas as informações para que ele possa combater
efetivamente mais do que a corrupção, mas o crime organizado, que tem levado o
terror a todo o Brasil", disse Bolsonaro.
Responsável pela operação Lava-Jato em
primeira instância, Moro se encontrou na manhã desta quinta-feira (1º/11) com
Bolsonaro no Rio de Janeiro. Após
o encontro, os dois divulgaram notas confirmando que o juiz da 13ª Vara Federal
de Curitiba havia aceito o convite. Na entrevista às tevês católicas,
Bolsonaro disse que eles entraram em total acordo. "Alguns outros temas
botamos na mesa, porque passaria por ele, e chegamos a um acordo em todos eles,
sem exceção", garantiu.